Innovation Breakfast: insights, inovação e colaboração
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Imagine um encontro único, onde visionários e líderes do mercado se reúnem para compartilhar insights e visões sobre o futuro dos meios de pagamento, buscando soluções inovadoras para os desafios em crescimento no setor. Foi para isso que a Ingenico criou o Innovation Breakfast, um evento que reuniu startups e especialistas no hub de inovação La Fabrique, da Ingenico, Endered e BNP Paribas. Nele, discutimos o que o futuro reserva para os meios de pagamento e como a colaboração pode impulsionar a inovação a níveis inéditos.
Fintechs globais já são responsáveis por grandes inovações do mercado. Não é à toa que mais de 300 fintechs já alcançaram o status de "unicórnio", atingindo valores de mercado superiores a US$ 1 bilhão. Durante o Innovation Breakfast, diversas startups que estão de olho neste movimento também puderam conhecer mais sobre o Programa StartupIN, da Ingenico, cuja missão é identificar os parceiros com grande potencial e trazê-los para o ecossistema de pagamentos e comércio para juntos desenvolverem iniciativas que levam benefícios para todas as partes. Nesse espaço de colaboração da Ingenico, dezenas de startups já puderam levar suas novidades disruptivas para milhares de comércios e compradores, como Triple-A, PI-XCELS e SWITCHPAY.
Considerando esse ambiente de evolução, no qual empresas, universidades e startups buscam colaborar para escalar inovações e levar mais praticidade para clientes e consumidores, o Innovation Breakfast serviu como ponte para uma rica troca de ideias, apresentação de novidades e oportunidades, mostrando todo o potencial de transformação tecnológica do setor.
Colaboração entre empresas, startups e universidade
O start dessa manhã inovadora foi dado com uma mesa redonda que abordou a visão global do ecossistema de inovação. Durante um debate mediado por Marcella Klebis, diretora-executiva da Ingenico para América Latina, com a presença de Sebástien Lefranc, Head de Start-up & App Ecosystem Programs da Ingenico; Charlotte Guinet, Innovation Manager Americas da Endered; e Jorge Pacheco, Fundador da State, importantes aspectos foram abordados, inclusive sobre como a colaboração entre empresas, universidades e startups desempenha um papel crucial na inovação deste mercado.
Para Lefranc, da Ingenico, é muito importante que empresas já estabelecidas e reconhecidas sigam inovando em seus processos, serviços e produtos. No entanto, é preciso reconhecer que nem sempre essa inovação acontecerá de dentro para fora.
Criar e conectar esse ecossistema de inovação possibilita que todos esses players compreendam e tenham uma mentalidade empreendedora, algo que é fundamental em um segmento que precisa estar em constante movimento.
ressaltou Guinet, da Endered, empresa líder mundial em soluções transacionais para empresas, empregados e comerciantes. Para a executiva, as universidades são um relevante player para a inovação, pois abrigam os talentos do futuro, que pensam de forma diferente.
Nessa conjuntura, um hub de inovação que reúne universidades, startups e companhias é capaz de criar um ecossistema dinâmico no qual a colaboração interdisciplinar floresce, acelerando o processo de transformação de ideias em soluções concretas. É esse ambiente que Pacheco buscou criar no State, a casa do La Fabrique. No hub de inovação, a missão central é incentivar e acelerar empresas, startups e projetos de desenvolvimento e tecnologia no Brasil.
Por que colaborar?
A partir desse relacionamento criado entre empresas, startups e universidades, as corporações tradicionais podem acessar novas ideias, tecnologias disruptivas e mercados em evolução, ao mesmo tempo em que as startups passam a contar com suporte financeiro, infraestrutura e experiência das empresas consolidadas.
De acordo com Lefranc, da Ingenico, a base para uma boa colaboração entre todos esses elos está na volta ao objetivo de negócios. É preciso compreender o que a startup busca, seja arrecadar recursos, entrar em um novo mercado ou trabalhar com parcerias, por exemplo. A partir disso, é possível entender o que uma corporação pode fazer em prol desse objetivo, alavancando os ativos da marca, como a rede de clientes.
O valor dessa relação está no ganha-ganha, na visão de Guinet da Endered. Segundo ela, o que uma empresa não tem pode ser encontrado numa startup, e vice-versa. Na prática, muitas vezes as startups precisam de grandes companhias para escalar. Ao mesmo tempo, elas nasceram porque essas grandes corporações não tinham a tecnologia que precisavam ou uma solução para o seu desafio de mercado. Em um ambiente colaborativo, as startups ajudam as empresas a compreenderem como acelerar a resolução desse desafio, enquanto contam com o apoio da mentoria e do conhecimento corporativo das companhias.
A escalada dos negócios
A partir da colaboração com empresas, startups conseguem efetivamente colocar em prática sua inovação e, muitas vezes, têm a chance de levá-la a outros patamares. No entanto, a expansão global dos negócios, enfrentando a diversidade de culturas e mercados, é um dos principais desafios atuais para as startups, de acordo com Marcella Klebis, da Ingenico. Nesse contexto, a abordagem-chave para navegar com sucesso por essa empreitada é, na visão de Lefranc, também da Ingenico, o retorno à estratégia de go-to-market, que deve desempenhar um papel central nas tomadas de decisão.
Conforme exemplificou Guinet, da Endered, uma startup estrangeira que deseja ingressar no mercado brasileiro enfrentará inúmeras dificuldades, considerando como o país é desafiador. Portanto, é fundamental ter uma compreensão clara e embasada em uma análise de mercado sólida antes de decidir levar sua operação para o país.
Conselhos dos especialistas
Diante da presença de dezenas de startups no encontro, Klebis, da Ingenico, aproveitou o momento para convidar os especialistas a fornecerem conselhos valiosos para o futuro desses novos negócios:
- Lefranc, da Ingenico: A relação com empresas e startups é uma jornada. As startups precisam garantir que essa jornada esteja alinhada com os objetivos de negócio e exercer seu papel. É necessário ter uma rua de mão dupla, abrindo oportunidades para todos. Já as empresas devem se manter humildes e compreender o motivo de estarem buscando uma inovação fora da companhia.
- Pacheco, da State: Para startups e corporações, é muito importante se conectar, construir essa rede e identificar quem são os parceiros potenciais para os negócios, para poder crescer, melhorar a tecnologia, aprender algo novo e abrir novas oportunidades. É necessário entender como cada um está em seu ecossistema, além de ter uma proposta de valor para os diferentes agentes que estão nele.
- Guinet, da Endered: Estar em variados espaços de inovação, como o La Fabrique, permite melhorar as conexões, aprender coisas diferentes e ter mais visibilidade. Além disso, startups precisam ter paciência. Às vezes, vamos nos conectar e ainda não é o momento certo para nos unirmos. Mas ela precisa se manter próxima para vermos sua evolução. Em algum momento, uma oportunidade de fazer negócios pode surgir.